quarta-feira, 11 de julho de 2007

Sonhos Perdidos de Neverland†

Encostado nas trevas, meio a ratos e vermes
Ele estava sentado.
Parecia desejar a morte naquele momento.
Seu semblante era o de que não tinha esperanças
De quem não poderia ser ajudado.
Seu olhar fixo era de medo, de algo a frente
Era o medo do seu futuro
O fim não era de seu conhecimento
Mas era uma questão de tempo.
Jaz ali toda aquela fantasia da infância
Os sonhos relembrados lhe davam um pouco de felicidade,
Felicidade que ia embora e carregava as esperanças.
A dor era maior quando percebia que não era o fim,
Ele estava condenado a sofrer o mesmo todos os dias.
Estava ele preso na terra do nunca,
Seria sempre assim.
Uma angustia a cada dia
Uma desilusão a cada entardecer
Uma falsa esperança a cada raiar do sol.
A eternidade rogava contra ele
A favor só as promessas de um dia perfeito em Neverland
Que nunca iria acontecer.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

† reflexos

Nos vemos todos os dias
como simples reflexos perturbados,
como o de um espelho quebrado.
O que vemos é só a gloriosa
votória das subliminares...
que corroem nosso ser por dentro,
e nos coloca em atrito com
aquilo que um dia sonhamos ser.
Somos reflexos de algém
que nem se quer conhecemos
que está em nosso subconsciente
guiando nossa vida
pelo caminho que ele julga ser o melhor.
Até quando caminharemos às escuras?
Até quando teremos que vê
nossos sonhos ficarem para trás?
Um dia teremos nossas vidas em nossas mão,
e finalmente poderemos buscar a
nossa felicidade!

quinta-feira, 24 de maio de 2007

a-by-ti-ron

Não verão teus finos olhos,
meus lamentos e lamúrias.
Vou então à cova funda,
enterrar meus pensamentos.

Como os vermes vão ficar
E hão de saber amar
em meio às larvas
e à escuridão.

Depois ,
Quanto tudo estiver
calmo e tranqüilo,
teus filhos verão
a luxúria e a exatidão
de um amor louco acabado
com camisa e short rasgados,
jogados pelo salão.
Há de dar passagem à loucura,
à eloquência e à formosura
do rapaz que jaz no chão.

(anônimo)

sexta-feira, 11 de maio de 2007

Fogo e sangue †

O sangue que faz rastro,
Desce a ladeira.
No alto dela o corpo estendido,
Sem nome,
Sem idade ou nacionalidade.
Foi pego pelo fogo,
Na vida e na morte.
Precoce!
À flor da idade.
Dali a alguns dias seria homem,
Mas ainda era menino.
É verdade!
Não era mais inocente:
Seu nome já era marcado por um "x",
Seguiu o caminho errado.
Não foi uma morte rápida.
Longe dali ele chorou,
Suplicou pela vida...
Foi humilhado!
Como quem reza...
Recebeu o toque do sinistro,
Invadiu-lhe o coração.
Durante uma fração de tempo ele pode vê
O que fizera para merecer tamanha desgraça:
Havia ele condenado duas mães ao fim,
A mãe de um órfão e a dele mesmo.


( Tyego Franklin)