segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Esperanza Spalding e o Grammy 2011

Salve! Salve!


Ontem (13-02-2011) foram anunciados os ganhadores do concorridíssimo Grammy! \o/


E aí, quem ganhou o coisa? Quem ganhou?


Muita gente boa ganhou seu Grammyzinho de cada dia... entre eles: Arcade Fire, Lady Gaga, Lady Antebellum e Eminem. Confesso que nunca tinha ouvido falar de Lady Antebellum, tudo bem! Agora... um dos ganhadores do Grammy 2011 me fez sentir orgulho e repôs a minha fé nessas premiações. A doce, linda, talentosa, fantástica e minha heroína... Esperanza Spalding. ♥
O som que a Esperanza faz é simplesmente maravilhoso... mas não por isso que estamos aqui!
A moça, que é contrabaixista e faz jazz, desbancou o "fenômeno" das meninhas... eles mesmo, o Justin Bieber. Ela levou o Grammy de melhor Artista Revelação e deixou as fãzinhas do Bieber desoladas.
Resultado: Muito xingamento e ameaças de morte no Twitter. Que coisa feia!!! Aiaiai
Comentaram coisas como: "Justin Bieber merecia o prêmio. Você deveria morrer. Afinal, quem você é mesmo?", dizia um dos comentários. "Ela é uma retardada. Ninguém nunca a ouviu cantar! Morra", escreveu outro. (fonte dos comentários: Ego)
Eu a ouvi cantar! E acreditem, foi amor à primeira vista! Pra mim (e para o Grammy) ela é muito melhor do que Justin Bieber. Aliás! Muita coisa no mundo é melhor do que ele... mas tem quem goste do garoto do cabelo esquisito. Infelizmente, quem gosta dele não sabe separar as coisas e sempre agridem pessoas que são contra ou são melhores do que o astro mirim.

Por hora, só quero agradecer à Esperanza Spalding por ela existir e por me fazer ter fé novamente em Grammys, Oscars, Framboesas de Ouro...
Como diz o ditado: A esperança é a última que morre! E a Esperanza me fez ter esperança num mundo musical melhor. Perdoem o trocadilho, por obséquio!


Fiquem com esse vídeo dela. Aposto que vão gostar:


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Refletindo sobre falar... (Parte I)

Desabafar, contar as novidades, relatar os problemas, contar alguns causos pessoais... estas são coisas que você só faz com quem confia. Não é?

Sentar e conversar ou ligar para aquele amigo é normal e todo mundo faz, seja para uma conversa séria ou um papo descontraído. Mas, uma conversa não é algo tão simples. Sabia? A fala é – para alguns pesquisadores – o marco principal no caminho da humanidade rumo ao progresso. Em algum momento, milhões de anos atrás, o homo sapiens deu de cara com uma encruzilhada, lá nas savanas africanas. Eram duas setas, uma dizia: “Grunhir” e a outra “Falar”... sabem qual o nosso ancestral escolheu? Sim... foi a de falar. Dali por diante tudo foi diferente.

Uma mãe chimpanzé leva até 6 anos para ensinar ao seu filhote a quebrar uma castanha. Funciona assim: mamãe chimpanzé olha para o bebê e dá uma piscadinha... depois de uns 20 minutos o pequeno símio percebe que ela está o chamando para ir ao castanhal. Chegando lá... mamãe começa o ritual de quebrar a castanha. Primeiro ela pega duas pedras, uma grande e uma menor; depois ela pega a castanha e coloca em cima da pedra grande e começa a bater com a outra pedra até a castanha quebrar e o miolo ficar acessível. Enquanto isso... o filhote observa tudo. Finalmente é a vez dele de tentar quebrar uma castanha. Depois de observar muito a mãe, ele vai batendo... e batendo... até conseguir. Mas isso não acontece tão fácil... até ele dominar completamente a técnica, vão-se anos e anos. Se a mamãe chimpanzé falasse... em uma tarde estaria tudo resolvido.

Foi falando que o homem deixou de viver em bandos e passou a viver em comunidade, com transmissão direta e complexa de cultura. Passar uma técnica de quebrar uma castanha para outro da mesma espécie, ou até de espécie diferente, é transmissão de cultura. Você está passando algo que aprendeu de outro ou empiricamente para mais um sujeito, que por sua vez passará para outro. Falar é fundamental para o homem. Quando eu digo falar, estou falando de comunicação em geral.

Chegamos ao século XIX e falar continua essencial. Conversar com outro alguém, contar uma história e se expressar é necessário para a sobrevivência de uma pessoa. Sem isso é capaz do sujeito enlouquecer. Um amigo, um parente, com os botões, com os USBs do computador... qualquer forma serve. Tão importante quanto falar é saber com quem falar... é saber ouvir. Temos entender que da mesma forma que nós temos esta vontade de relatar tudo pela oralidade, os outros também têm...

Eu, particularmente, não sou muito de falar. Sou mais de ouvir... Mas não dispenso os mesmo momentos de tagarelagem com alguém ou sozinho. É normal e só faz bem. Praticando é que aperfeiçoamos a técnica. Né?

(volto neste assunto em uma outra postagem...)