quinta-feira, 24 de maio de 2007

a-by-ti-ron

Não verão teus finos olhos,
meus lamentos e lamúrias.
Vou então à cova funda,
enterrar meus pensamentos.

Como os vermes vão ficar
E hão de saber amar
em meio às larvas
e à escuridão.

Depois ,
Quanto tudo estiver
calmo e tranqüilo,
teus filhos verão
a luxúria e a exatidão
de um amor louco acabado
com camisa e short rasgados,
jogados pelo salão.
Há de dar passagem à loucura,
à eloquência e à formosura
do rapaz que jaz no chão.

(anônimo)

2 comentários:

Karol disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Karol disse...

Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio
que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca
pois metade de mim é o que eu grito
mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
seja linda ainda que tristeza
que o homem que eu amo seja pra sempre amada
mesmo que distante
porque metade de mim é partida
e a outra metade é saudade.
Que as palavras que falo
não sejam ouvidas como prece nem repetidas com fervor
apenas respeitadas como a única coisa
que resta à uma mulher inundado de sentimento
porque metade de mim é o que ouço
mas a outra metade é o que calo
Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço
que essa tensão que me corrói por dentro
seja um dia recompensada
porque metade de mim é o que penso
e a outra metade um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste
que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável
que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Amodoro-te!